terça-feira, 29 de outubro de 2013

Leishmaniose e agora?



Então há alguns posts eu estava falando sobre minha cachorrinha, a Fofa.  Eu ganhei a Fofa em Cuba há 2 anos e meio. Eu estava louca com um shitzu e nessa ocasião meu esposo estava a trabalho no Canada e eu vi uma cachorrinha sendo vendida, não tive coragem de comprar na hora e quando fui procura-la algumas horas mais tarde ela já tinha sido vendida.
Então comecei minha busca, em Cuba não e muito fácil achar um shitzu, mas procurando bem achei um criador de shitzu que tinha uma pequena femea nascida há 1 semana.  Então eu falei que queria de qualquer jeito só tinha que esperar umas semanas mais. Ele disse que não íamos discutir preços porque tinha que ver bem as características do cachorro quando ele crescesse um pouco.
2 semanas depois eu ligo para ele e ele diz que vai dar a cachorrinha, que ela não mais podia ser vendida porque não tinha as características da raça. E para mim as características da raça realmente não importavam, nunca tive nem quis ter cachorro com pedigree. Para mim ela é minha melhor amiga e não precisa de nenhum atestado de pureza…


Enfim ele estava desesperado para dar a cachorrinha não queria nem esperar os 45 dias para que ela desmamasse, e para dizer a verdade ele nem estava alimentando bem à mãe, já tinha dado todos os irmãos e para ele ela era apenas mais gasto do qual não podia tirar proveito.
Então achei melhor leva-la de uma vez, ela era tão linda! Cabia na minha mão! Era uma miniatura de cachorro! Me apaixonei com ela. Cuidamos dela e ela cresceu linda, é peludinha, muito inteligente e educada e me adora.
Muita gente acha que é errado dizer que cachorro tem dono, mas a Fofa tem e somos eu e meu esposo e em igual medida ela é nossa dona, eu não a trocaria por nenhum outro cachorro no mundo.
Depois de 10 meses de ela ter chegado às nossas vidas tínhamos que nos mudar para o Brasil. Meus país desesperados diziam que eu não podia leva-la, claro eles nem a conheciam. Eu nem liguei e fiz todos os documentos dela e a levei para o Brasil.
No inicio ela estava um pouco triste, não comia, e a levei ao veterinário. O primeiro diagnostico foi infecção. Tivemos que dar antibiótico e tal. E em um desses retornos ao veterinário vimos um cartaz falando da leishmaniose e minha mãe quis dar a vacina nela. Para isso tínhamos que fazer o exame e colhemos o sangue dela e uma semana depois saia o resultado.


Foi a pior noticia que eu recebi na vida. A fofa tinha leishmaniose. Eu nem sabia muito sobre a doença, só me lembrava das fotos que vi no cartaz no veterinário… fiquei desesperada, e agora? Tenho que sacrificar a fofa??? Como vou ter coragem de sacrifica-la?!?!??!
Mas o veterinário dela é excelente e ele me explicou tudo, ela podia ser tratada com um remédio muito barato, tinha que tomar 2 vezes por dia. E tínhamos que ver os resultados, se ela reagia ou não…
Mas o medo e as duvidas não diminuíam e a saúde publica? Os vizinhos? Se alguém descobrisse? Eu tinha muito medo de ser obrigada a sacrifica-la. Escondemos de todos a doença da fofa, apenas a família sabia.
Os dias foram passando e ela estava tão triste, era uma luta tomar o remédio e parecia que os efeitos eram horríveis, ela não comia, não brincava, só queria dormir e vomitava muito…. Eu estava de novo de coração partido e conversei com a minha mãe e falei que não prolongaria a vida da Fofa apenas para satisfazer meus desejos, que era ela minha dona também e que eu sabia que ela nunca faria algo assim comigo.  O veterinário falou que quando o cachorro começa o tratamento assim é muito difícil… etc…
Testamos os rins dela e ela já tinha um pouco de comprometimento dos rins por causa da doença, mas não podíamos fazer nada. Mas as semanas passaram um mês se passou e ela começou a melhorar, a responder ao tratamento a voltar ao normal.
Fofa curtindo o rio Elbe na Alemanha


Aprendeu a tomar os comprimidos e dávamos prêmios para ela depois.
Eu estava tentando traze-la para morar comigo na Europa, mas eu tinha muitas duvidas sobre o processo e sobre a questão da leishmaniose. Bom o processo eu já expliquei e com a leishmaniose não houve problema algum.
Também antes da viagem eu refiz o exame dela de sangue e deu NEGATIVO para leishmaniose! Agora este mês tenho que repetir este exame e se tudo correr bem ela realmente está curado da leishmaniose.
Fofa na Alemanha


É por isso que todos devemos saber que leishmaniose não é motivo para sacrificar cão algum, um amigo também tem um cachorro que tinha leishmaniose e também ficou curado. Os tratamentos evoluíram ainda que sejam proibidos e existam poucas pesquisas ao respeito. Aqui na Europa ninguém sacrifica cachorro com leishmaniose.
Não sacrifiquem seu cão o tratamento é muito barato e simples!

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